O Concurso Nacional Unificado, anunciado em 19 de janeiro de 2024, tem gerado questionamentos a respeito das cotas. A MATRIA tem em sua missão a promoção do diálogo entre sociedade civil e agentes políticos sobre políticas públicas para mulheres e crianças e a defesa de bens e direitos sociais, coletivos e difusos relativos às políticas públicas para estes grupos.
Por isso, decidimos intervir pelas mulheres que são mães solo, esquecidas pelo poder público apesar das estatísticas de menor renda média no Brasil.
Em nosso pedido junto ao Ministério da Gestão e da Inovação (MGI), consideramos a situação histórica da mulher enquanto responsável pelo cuidado doméstico, acrescido das jornadas de trabalho e cuidado de crianças e pessoas doentes, sendo responsáveis por 75% do trabalho não remunerado mundial.
Levamos ainda em conta que 80% das vítimas de feminicídio são mães, conforme atesta o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o que indica que a situação de vulnerabilidade financeira de mães pode fazê-las permanecer em ambientes de violência masculina.
Assim, solicitamos ao MGI que, caso seja retificado o Edital do Concurso Nacional Unificado, tal retificação contemple a situação de mulheres que são mães solo, oferecendo 5% de cotas específicas para tal categoria, desde que em situação de vulnerabilidade financeira.
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