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O que aconteceu com Andreia Nobre

Texto traduzido por WKB para a MATRIA

Autor: Graham Lineham

Andreia Nobre é associada da MATRIA


 

A escritora e ativista feminista brasileira, Andreia Nobre, está sendo processada por um artigo que escreveu há dois anos sobre um golpista transidentificado.


Em junho de 2022, Kim Flores Carlos, um homem transidentificado, marcou um horário em um salão - Millanea Instituto de Depilação -, em São Paulo, Brasil. A dona do salão, Isabel Martins da Silva, foi quem o atendeu ao telefone, quando ele forneceu o nome Kim e não mencionou ser do sexo masculino.


Como é habitual com procedimentos de depilação íntima, a esteticista atendeu Carlos em uma sala privada. Ela voltou à recepção quase imediatamente para dizer que seu cliente era um homem e que sua genitália masculina era claramente visível através da roupa íntima. Para piorar: Carlos teve uma ereção.


Consequentemente, a dona do salão, Isabel Martins da Silva, disse a Carlos que a equipe do salão não faz procedimentos de depilação em homens. Considerando que o salão tem uma placa na entrada deixando claro que se trata de um empreendimento específico para o público feminino, é difícil de acreditar que ele tenha sido pego de surpresa. Carlos ficou irritado e começou a gritar com Isabel e com a esteticista. Quando ouviu que a equipe não tem treinamento necessário para fazer depilação em corpos masculinos, ele gritou: "Então vocês têm que colocar uma placa dizendo: ‘Só depilamos b*cetas’”.


Carlos começou a filmar a briga com as mulheres no salão. Depois ele publicou o vídeo no TikTok, reclamando que a equipe se recusou a servi-lo porque ele é uma "mulher trans". Evidentemente ele não mencionou que queria que uma esteticista depilasse seus genitais masculinos enquanto ele estava sexualmente excitado.


No dia 13 de dezembro de 2022, Carlos entrou com uma ação judicial contra o instituto de depilação, exigindo indenização por "danos morais".



Nossa amiga, Andreia Nobre, relatou esta história ultrajante, através de um artigo para o 4W em 10 de janeiro de 2023. (Posteriormente, nós o incluímos em uma edição da War on Women)


Andreia é uma jornalista e escritora que nasceu no Brasil, mas vive no exterior desde 2004. Ela escreve e é ativista em campanhas pelos direitos das mulheres e meninas.


Agora, mesmo não morando mais lá, Andreia está enfrentando uma ação judicial no Brasil. Kim Flores Carlos, o homem transidentificado no centro da história do instituto de depilação, a está processando por ela se referir a ele como um homem em seu artigo. Ele, é claro, está alegando "transfobia". De acordo com a documentação que Andreia recebeu, as acusações contra ela são as seguintes:


"No artigo foram usados vários termos que se referem de forma pejorativa a Kim, em um ato evidente de transfobia, como por exemplo "Um homem que diz que é trans". Aliás, o próprio título a descreve desta forma. Além disso, a ação afirma que "de acordo com Isabel, o homem deu um nome feminino, 'Kim', quando ele marcou um horário para depilação”. E mais: "O homem diz à proprietária que é "constrangedor" para ele marcar um horário e ouvir que "elas só depilam mulheres". Ele diz que estava muito aborrecido porque "ele nunca tinha visto uma clínica de depilação que não trabalhava com vários tipos corporais". Por fim, ela também escreveu: "Esta não é a primeira vez que um salão especializado em depilação feminina se recusou a atender homens que dizem ser trans".

Andreia constituiu assessoria jurídica e está montando a defesa. Se você gostaria de apoiá-la, ela sugeriu que a melhor maneira é comprar um de seus livros na Amazon (você pode encontrar o link aqui).



Desejamos a Andreia e a sua equipe jurídica toda a sorte do mundo.


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