A ligação explícita entre pornografia, sadomasoquismo e o transgenerismo
- Mátria Associação Matria
- 19 de abr.
- 3 min de leitura
Atualizado: 19 de abr.
Uma análise a partir de depoimentos de homens transidentificados como “mulheres trans”.
Recentemente, o modelo e ator transidentificado Hunter Schafer foi alvo de uma polêmica nos EUA devido ao sexo, em seu novo passaporte, ter sido alterado para o 'masculino': o governo Trump passou a identificar o sexo biológico e não mais a identidade de gênero no campo de identificação dos documentos da população.
O modelo, que é bastante popular nas redes sociais e no movimento trans, postou no Instagram, em 2018, um rascunho sobre seu processo de descoberta enquanto transgênero, posteriormente apagado.
Nos rascunhos, aparecem as seguintes frases:
“Meu gênero foi muito influenciado pela necessidade de ser usada por homens”, “Minha orientação sexual não era gay, não era hétero, é uma atracão sempre pela misoginia”, “Não me sinto feminina o suficiente sem ser vítima de estupro… A ideia de ser comida costumava me excitar”.

James Shupe, homem e a primeira pessoa não binária reconhecida nos EUA, escreveu em seu blog pessoal:
“Meus comportamentos sexuais eram problemáticos porque frequentemente aumentavam. Era como se as parafilias estivessem se reproduzindo. Se você tem uma parafilia, pode ter até outras cinco. O fenômeno é conhecido como "cross-over". Eu passei do travestismo à autoginefilia, ao masoquismo para, eventualmente, querer incorporar tudo isso na 'cornagem' [fetiche em ser traído]”.
Ele continua:
“Mais tarde, depois de também desenvolver outra parafilia, transtorno de masoquismo sexual, eu exigi que a gratificação fosse retida como punição. No entanto, alguns dos meus piores comportamentos ocorreram quando comecei a exigir que minha esposa desempenhasse o papel de um homem hétero durante o sexo conjugal, coagindo-a a satisfazer minha necessidade de fingir que eu era uma mulher”.
(artigo oficial do James Shupe em inglês https://www.dailysignal.com/2019/03/10/i-was-americas-first-non-binary-person-it-was-all-a-sham/ em português https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/minha-vida-nova-depois-do-pesadelo-transgenero/)
O autor Andrea Long Chu, ganhador do prêmio Pulitzer em 2023, escreveu que a “pornografia é quando parece que você tem um objeto, mas na verdade é o objeto que tem você. É, portanto, uma expressão quintessencial feminina. Ser fodido faz de você mulher porque fodido é o que uma mulher é”,
“No centro do pornô sissy está o buraco anal, uma espécie de vagina universal através do qual a mulheridade sempre pode ser acessada… destilando a feminina a sua mínima essencialidade - uma boca aberta, um cu expectante, olhos em branco”,
“A autoginefilia não descreve uma aflição parafílica obscura mas sim a estrutura básica de toda a sexualidade humana, ser mulher é, em todos os casos, se tornar o que outra pessoa quer, no fundo, todo mundo é uma marica… o cu é uma vagina universal através do qual a feminina sempre pode ser acessada”.
O acadêmico e autor trans identificado Grace Lavery escreveu “Existe algo sobre ser tratado igual merda por homens que parece uma afirmação [de gênero], como um grito de prazer da caverna mais profunda do meu peito… Ser vítima de um sexismo honesto e indisfarçado tem uma vitalidade emocionante”.
O autor trans identificado do livro "Sissy", Jacob Tobia, escreveu:
“Mulheres ao redor do mundo têm sido tratadas como objetos sexuais. No entanto, se a objetificação sexual é tão categoricamente horrível, por que eu quero tanto? Eu quero ser sexualmente objetificada. A ideia de que ser vista como um ‘objeto sexual’ é uma coisa ruim é universalmente muito simples, como muitos princípios do feminismo”.
Os criadores de Matrix, os irmãos Wachowski, creditaram à pornografia suas identidades transgênero e faziam parte da comunidade BDSM de Los Angeles.
Como podemos perceber, sadomasoquismo, pornografia e fetichismo de modificação corporal estão no cerne da ideologia de identidade de gênero. Suas ideações e falas estão inextricavelmente ligadas à pornografia trans ultra masculinista que lucra com a objetificação e desumanização de mulheres.
Esses homens provam repetidamente que é impossível para um homem ter o “cérebro de mulher”. A masculinidade deles sempre aparece de uma forma ou outra.
Segundo Cathryn Platine, homem trans identificado, se alguém fizer uma pesquisa na internet sobre questões relacionadas a transexuais “seria como vasculhar literalmente milhares e milhares de sites pornôs masculinos”.
Nos últimos anos, à medida que a demanda aumentou, a pornografia trans se tornou mais popular. A pornografia normalmente envolve homens usando lingerie e envolvidos em “feminização forçada” - erotizando a ilusão de “se tornar mulher” através de roupa, maquiagem e submissão sexual e a fetichização de humilhação que isso traz. A chamada pornografia de “sissificação” comunica ao espectador que ser mulher é essencialmente degradante, e os usuários podem ser excitados através da “feminização forçada”. “Nesses cenários, o pênis é chamado de ‘clitóris’ e o ânus de ‘buceta’. Os orgasmos de próstata são chamados de 'sissygasms' ” (Gluck, 2020) [1]
[1] Raymond, Janice. Duplipensar. Spinifex, Australia, 2001, p. 75